quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Caindo das nuvens

Cansei dessa vida de carência. Pedrão só queria meu dinheiro. Levou embora minhas economias, raspou o cofre de latão, vasculhou minhas gavetas, a dispensa. Pegou o que podia (até meu disco de boleros, que ele dizia que era música de mal gosto...). Só deixou dele algumas manchas roxas a granel pelo meu corpo, elogios indizíveis e dois dedos da aguardente mais barata que existe no mercado. As manchas vão sair com pomada, em alguns dias. A dor no corpo também. Mas a outra dor, não. Vai me acompanhar a vida inteira, vai ser meu sinal de alerta contra a aproximação de tipos como ele.

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