sábado, 14 de junho de 2008

Feliz Dia dos Namorados?

Ah meu bem, não me cobre uma fidelidade impossível!
sou assim, solta...
sou dada a noites viradas
nas mais loucas companhias (você nem sonha quais seriam essas companhias...)
ora você...
sempre tão previsível
esquecendo nossas datas mais importantes
esquecendo de usar a água de colônia que lhe dei (terá entornado no vaso de violeta, matando a pobre planta?)
falando pelos cotovelos sobre as coisas que você sabe porque afinal você é o meu papai-sabe-tudo...
cadê o brilho nos olhos?
cadê o bombom aberto no meio da sessão-matinê?
cadê os gestos sutis, sugerindo tanta coisa que as palavras são impossíveis de?
não, jamais serei fiel
não enquanto você continuar me tratando como uma gravata borboleta.

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